SANDRO
Sandro um biltre da pior espécie, nervosamente aguardava junto ao terreiro da aldeia, local escolhido por ele para encontrar as beiras de uma boa moídinha para se deleitar, solteiro não perdia uma boa oportunidade para na sua presença se exibir, qual paparrotão usa calça justa mão no bolso, cigarro ao canto da boca, para realçar mais a imagem quando está parado, eleva a perna esquerda fazendo sobressair os dotes que a natureza lhe forneceu, nestes preparos passa os dias qual francelho em busca de presa. Sabendo-se pouco da sua actividade profissional, uma vez que ele quando inquirido nada diz, no entanto herdara dos Pais uma considerável maquia bem como a casa de morada de família, afirma quem lá entrou que a casa mais parece um aterro sanitário, tal é a profusão de lixo, e o estado geral de degradação do espaço, mais disse que encontrou, imaginem aonde, o serviço de porcelana da família que o Pai diplomata de profissão recebeu como presente quando foi cônsul na China, que no seu tempo só era usado quando o Presidente ou outro membro relevante do Governo ia a recepções oferecidas por ele, em troca dos muitos favores recebidos, pois bem o dito serviço estava nada mais nada menos que a servir de gamela para os vários cães que ele possui, outrora objecto de culto é agora um elemento amorfo, com um uso tosco.
A espera de Sandro foi quebrada, pelo som do autocarro da rodoviária, que já à muito passava pela aldeia mas não parava, nesse dia pareceu-lhe que algo iria acontecer, o ruído habitual que espantava tudo quanto era animal de criação não sucedeu, do seu poiso ele via-o muito antes deste lançar a confusão, iniciada pelo zurrar dos burros do Grastão, seguido dos cacarejos das galinhas da Crassa, perdeu-o de vista e quando já se preparava para ver se por qualquer acaso ele se tinha despistado para os lados da quinta do Cerro, eis que ele surge glorioso na sua cor alva, preparando-se para interromper a marcha, privando-o da alegre melodia que o coro dos burros e galinhas lhe proporcionava, parou mesmo para seu espanto, o motorista que ele nem conhecia ficou no seu lugar, lá de dentro surgiu uma figura que lhe pareceu familiar, atrás dela outra que ele desconhecia, apurou a vista reconheceu o Armando, mais eu não digo, vou-me pirando, novos contos buscando, assim me revelando.
A espera de Sandro foi quebrada, pelo som do autocarro da rodoviária, que já à muito passava pela aldeia mas não parava, nesse dia pareceu-lhe que algo iria acontecer, o ruído habitual que espantava tudo quanto era animal de criação não sucedeu, do seu poiso ele via-o muito antes deste lançar a confusão, iniciada pelo zurrar dos burros do Grastão, seguido dos cacarejos das galinhas da Crassa, perdeu-o de vista e quando já se preparava para ver se por qualquer acaso ele se tinha despistado para os lados da quinta do Cerro, eis que ele surge glorioso na sua cor alva, preparando-se para interromper a marcha, privando-o da alegre melodia que o coro dos burros e galinhas lhe proporcionava, parou mesmo para seu espanto, o motorista que ele nem conhecia ficou no seu lugar, lá de dentro surgiu uma figura que lhe pareceu familiar, atrás dela outra que ele desconhecia, apurou a vista reconheceu o Armando, mais eu não digo, vou-me pirando, novos contos buscando, assim me revelando.
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