ARMANDO
Armando filho único de uma família da alta burguesia, pouco dotado para as letras, mas muito para as ditas de bacalhau, acabou a escola básica já no limite máximo possível, era por todos tratado por, fungão, o mexe no sardão, ele invariavelmente respondia: vai falando, que o malho já te mando, noutras alturas, como eram conhecidos os gostos dele, a canalha pequena, certa de que o conseguiam irritar teimava em gritar: olha lá ó Armando queres um grande, fazendo um gesto entre o cós e o inicio das pernas, ele reagia, vão gozando, que logo mais te vou catando, ocasiões em que Armando vestido com a sua melhor roupa, dirigia-se para a aula de etiqueta que por acaso até rima com prancheta, atazanavam-lho o juízo com mimos tais como, ai olha o Armando, tão lindo que vai passando, chega aqui que depois de, vais andando, pronto dizia sim o malandro, mexia, repetia nunca se fartando, dificilmente parando estava sempre esgalhando o solicito Armando não se negando.
Disposto a iniciar uma vida nova, noutra cidade, acima de qualquer suspeita, falidos que estavam os parentes, o bom Armando um caminho foi tomando, andou muito andou, nesses dias sozinho, tinha que invariavelmente comer as ditas desde manhã até ao deitar, levou-se nisto dias a fio, já sem esperança de encontrar uma luz ao fundo do túnel, que não existe no deserto, após se deliciar com uma dita, talvez por causa disso, vislumbrou uma sombra que não conhecia, o que será interrogou-se, na pressa de descobrir do que se tratava, deixou para trás o farnel que lhe ia mitigando a carência que sentia das ditas, que a sua cozinheira lhe preparava delicadamente e com tanto carinho, ficou zangado o Armando porque chegando à sombra, teimosamente ela ia se afastando, fugia dele andando, na hora recordou, que malfadada sorte, eu já tive tudo, mas agora tudo se vai acabando, é pena pensou, é a falta do que faz correr o mundo, pi..pi, como na televisão, que me conduziu à já referida situação por gostar das ditas, diz-me como se eu fosse um coelhinho e tu uma cenoura, se não te enganares há problema, sim a metáfora é as ditas a que me referi são sopas de bacalhau, a cozinheira por falta de, passou à situação de trabalhador desempregado por conta dela, mesmo pagando IRS, pelo dinheiro não recebido do Armando, desesperado acordou gritando, mas eu estava só sonhando.
Disposto a iniciar uma vida nova, noutra cidade, acima de qualquer suspeita, falidos que estavam os parentes, o bom Armando um caminho foi tomando, andou muito andou, nesses dias sozinho, tinha que invariavelmente comer as ditas desde manhã até ao deitar, levou-se nisto dias a fio, já sem esperança de encontrar uma luz ao fundo do túnel, que não existe no deserto, após se deliciar com uma dita, talvez por causa disso, vislumbrou uma sombra que não conhecia, o que será interrogou-se, na pressa de descobrir do que se tratava, deixou para trás o farnel que lhe ia mitigando a carência que sentia das ditas, que a sua cozinheira lhe preparava delicadamente e com tanto carinho, ficou zangado o Armando porque chegando à sombra, teimosamente ela ia se afastando, fugia dele andando, na hora recordou, que malfadada sorte, eu já tive tudo, mas agora tudo se vai acabando, é pena pensou, é a falta do que faz correr o mundo, pi..pi, como na televisão, que me conduziu à já referida situação por gostar das ditas, diz-me como se eu fosse um coelhinho e tu uma cenoura, se não te enganares há problema, sim a metáfora é as ditas a que me referi são sopas de bacalhau, a cozinheira por falta de, passou à situação de trabalhador desempregado por conta dela, mesmo pagando IRS, pelo dinheiro não recebido do Armando, desesperado acordou gritando, mas eu estava só sonhando.
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