sexta-feira, julho 02, 2010

Burros e Cretinos

Quando a falta de lucidez é grande devemos esperar o pior, normalmente não me acontece isso, mas posso assegurar que hoje só me apetecia mandar à dita uma série de senhores (podem incluir-se aqui ambos os géneros) que quando pensam só sai da dita.
Estamos numa chamada crise, isso mesmo crise mas apesar disso continuam a verificarem-se situações de completo esbanjamento de dinheiro e a festa contínua, a Maria em Casa e o Zé na rua.
Podem pensar mas que texto sem sentido, também tenho direito a divagar e a sonhar que sei escrever, quando me querem tirar todos os pontos de fuga para um presente cinzento, eu tenho que dar cor à minha vida que prezo bastante e manter activa a minha sanidade mental.

quinta-feira, maio 27, 2010

POIS POIS

Esta coisa de não se actualizarem os nossos pensamentos e emoções leva-nos a perder parte da cor que a vida tem, não é por falta de inspiração apenas a procura de coisas novas, nestes três anos de quase silêncio quanta coisa aconteceu, não vou falar delas, apenas continuo a olhar para o que se passa à minha volta e cada vez mais o meu silêncio aumenta porque lá diz o povo e com razão dar pérolas a porcos é o mesmo que deitar dinheiro para o lixo.

quarta-feira, maio 09, 2007

SERENO

Acordei senti no ar aquele cheiro a casa fechada, mas não me emtimidei, abri as portas e deixei entrar o sol radioso da manhã, como tudo parece mais leve no silêncio, até a raiva contida me parece mais serena, apesar de todas as pedras que me entravam o caminho, hoje eu quero estar feliz.
Podem tentar acabar com o meu sorriso, mas eu quero sentir a tranquilidade deste momento.
Esta melodia que me enche o ser, irá durar até ao fim deste dia, não sei, cada vez mais tenho que aproveitar os momentos em que me sinto bem comigo, vão sendo raros, negar a realidade nunca ajudou, por isso enfrento aquilo que tenho que enfrentar, só assim consigo apreciar o que de bom existe.
Perante a tristeza que me rodeia, tenho que me mostrar forte, chorar sim eu gosto de chorar mas para dentro assim poucos percebem o meu choro, ninguém precisa de sofrer com o meu sofrimento, é meu compartilhar não ajuda porque não tem solução, um dia quando eu tomar o caminho da vida, nessa altura podem todos chorar mas de alegria, pois finalmente eu serei eternamente feliz, será a altura ideal para comtemplarem aquela árvore que eu não plantei, ler o livro que não escrevi, mas admirarem os lindos rebentos que eu tenho, é neles que se projecta a minha vida, neles coloquei todo o meu amor, neles me revejo porque são um pouco de mim, por eles continuo esta caminhada, até ter força.

segunda-feira, novembro 13, 2006

PARTIR

Para ti amigo que resolveste partir, não te condeno por isso, só tu e Deus sabem porque o quiseste fazer, pelo que sei foi preciso muita coragem, até ai revelaste a bravura com que sempre enfrentaste a vida, dizem agora que foi por isto ou aquilo pouco importa, os que antes te denegriam, agora limpam a tua imagem, para mim serás sempre aquele companheiro de brincadeira da minha infância, o cúmplice da minha juventude, o amigo da idade adulta. Poderia contar os muitos episódios que vivemos, recordo deles todos o último, aquele em que não fui capaz de perceber o que me pedias, para além de estar presente num jantar, num lugar que para mim não me é agradável, e te respondi que não, nessa altura na hora logo encontraste forma de me desculpar, ficou por beber aquele café, já estava em marcha o teu calvário de silêncio, que te levou a decidires o teu percurso neste mundo, buscavas ajuda talvez algum conforto, junto de quem durante tanto tempo, sempre respeitou as tuas decisões, sem grandes manifestações, porque sabes que apesar de tudo sou tímido, mas quando foi necessário não deixei de te mostrar a minha solidariedade.
Nunca senti vergonha, mesmo com todos os supostos erros que cometeste, de te falar, visitar ou mesmo perguntar por ti, aos que te eram mais próximos, sabes que entre todos nós existiu sempre uma grande cumplicidade, fruto dos anos que passamos juntos e da forma como sempre respeitámos o espaço uns dos outros, somos pobres por isso o melhor que temos para dar é a nossa amizade, por este facto a nossa balança está sempre equilibrada, para ti as preocupações com tudo aquilo que faz girar o mundo acabaram, para mim que fiquei, a imagem que quero recordar é a de um homem que ajudou outros, que sofreu por eles e com eles, que na hora em que o infortúnio lhe bateu à porta esteve quase sempre sozinho, quando mesmo não foi escorraçado, sabes que é mais fácil falar mal dos outros, que olhar para nós, quantos defeitos te foram apontados, mas esqueceram-se das tuas virtudes, agora que de uma forma violenta resolveste partir, sinto-me triste por não poder mais privar contigo, feliz por tu em vida seres um amigo, esperançado por talvez um dia quem sabe poder-mos beber aquele café para o qual nunca encontramos tempo, descansa em paz meu amigo, e perdoa o meu não.

sexta-feira, outubro 27, 2006

SEGUNDA

Começa hoje uma nova semana com ela a vontade de deixar partir a tristeza que me tem assolado, vou tentar aproveitar este dia de chuva e brincar com as gotas de água que teimosamente me molham o rosto dando-lhe um ar de gato pingado, não aquele que acompanhará um dia todos nós à nossa última morada, será que é?, mas sim daqueles animais felinos que nós à muito tempo tentamos domesticar e que eles de forma altiva, nos vão deixando alimentar nunca estabelecendo connosco uma relação sincera de amizade.
Só a vontade não chega pela enésima vez vou elaborar um plano que abandonarei logo que me chegue a mostarda ao nariz, depois será o antigo eu a tomar conta das operações, recorrentemente tenho vivido assim não lucro com a experiência apenas lhe vou dando a mesma cor da camisola que já há muito deixei de usar por estar tão descolorada, se viver é o acumular de experiência então eu não tenho vivido, apenas conto os dias até que um dia seja o dia.
Inquieta-me este sentimento de falsa calma com que me mostro, dentro de mim existe uma revolta, que se eclodir será pior que um vulcão quando lança no ar o seu magna fumegante, talvez sejas tu que me inspiras a engolir tudo aquilo que me fazem, porém um dia estarei cansado de sentir na face a força das tuas provocações e em vez de dar a outra, reúno forças e retribuo em dobro tudo aquilo que me tens dado, ainda não percebeste que com o teu sorriso sádico, revelas a besta que existe dentro de ti, deixa-me vai-te embora, eu apesar de infeliz, não espalho a minha infelicidade pelos outros, engulo-a para que não torne ainda mais amarga esta passagem.