BICHÃO
Bichão é um papagaio amarelo, oriundo dos campos da lezíria do Tejo, em pequeno, os Pais diziam-lhe: Bichão não faças isso com a mão, Bichão fica calado senão, ao ser tão reprimido em criança, acabou por desenvolver um trauma que lhe afecta as mãos, tendem a ficar dobradas pela acção da força da gravidade, com este problema, uma vez sozinho na vida, resolveu partir, correr mundo em busca da sua realização pessoal, subiu montes desceu vales, por mais que andasse não conseguia encontrar sítio nenhum onde estivesse bem, de repente lembrou-se dos seus tempos de escola em que os colegas de sala lhe diziam: Bichão mexe aqui com a mão, mexe depressa senão, à custa disso quantas vezes chegou a casa com a penugem toda suja de uma substância pegajosa de cor esbranquiçada, nessas alturas a mãe perguntava-lhe, Bichão o que andaste a fazer com as mãos? Ele respondia: Foram os meus colegas que me obrigaram a usar as duas mãos.
Com saudades, resolveu voltar para a sua amada terra, sentir o seu cheiro, ao chegar de tão cansado que estava decidiu pernoitar, procurou a casa de seus Pais, tinha entretanto sido demolida, para dar lugar a uma fonte decorativa, tão bela que os pombos deslumbrados com a sua beleza, utilizam-na como habitação própria permanente, com os consequentes inconvenientes, entre outros falta de mobilidade geográfica, nada mais restava ao Bichão, que um canto escuro num vão de escada, por ali ficou.
No outro dia ao acordar, pretendeu voar, constatou que não podia, olhou à sua volta, alguém lhe prendeu a perna com uma corrente presa a um poleiro, já não podia voar, ouviu-se então uma voz dizer, olha o Bichão, que na escola tinha colegas a quem tocava na pandeireta com a mão! Não pode ser pensou o Bichão, esta é a voz do Sandro que foi namorado da Micas, que entretanto esta casada com o Armando, mas mesmo assim da qual ele o Sandro se vai aproveitando, segundo informação da Mona, cadela de estimação da condessa de Lagoa, antes de por ela ser largada na rua, que foi adoptada pelo Sandro, mas que posso eu fazer se daqui não consigo fugir, vou chamar pelo Armando, marido da Micas, que o Sandro vai usando, enquanto nada souber o Armando e a Mona o for deixando.
Com saudades, resolveu voltar para a sua amada terra, sentir o seu cheiro, ao chegar de tão cansado que estava decidiu pernoitar, procurou a casa de seus Pais, tinha entretanto sido demolida, para dar lugar a uma fonte decorativa, tão bela que os pombos deslumbrados com a sua beleza, utilizam-na como habitação própria permanente, com os consequentes inconvenientes, entre outros falta de mobilidade geográfica, nada mais restava ao Bichão, que um canto escuro num vão de escada, por ali ficou.
No outro dia ao acordar, pretendeu voar, constatou que não podia, olhou à sua volta, alguém lhe prendeu a perna com uma corrente presa a um poleiro, já não podia voar, ouviu-se então uma voz dizer, olha o Bichão, que na escola tinha colegas a quem tocava na pandeireta com a mão! Não pode ser pensou o Bichão, esta é a voz do Sandro que foi namorado da Micas, que entretanto esta casada com o Armando, mas mesmo assim da qual ele o Sandro se vai aproveitando, segundo informação da Mona, cadela de estimação da condessa de Lagoa, antes de por ela ser largada na rua, que foi adoptada pelo Sandro, mas que posso eu fazer se daqui não consigo fugir, vou chamar pelo Armando, marido da Micas, que o Sandro vai usando, enquanto nada souber o Armando e a Mona o for deixando.
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