FÉRIAS
Hoje finalmente vou para aquilo a que habitualmente se chamam férias, teria necessáriamente que sentir uma grande alegria, porém já longe vai o tempo em que idilicamente sonhava com este espaço em que a única coisa que tinha para fazer era aborrecer-me por nada ter que fazer.
Agora parto para um trabalho mais intenso, ter que aturar sitios povoados de gente e com falta de estacionamento, pouco vou lucrar com este intervalo na minha vida, mas em nome do bom viver lá vou eu não para a Costa da Caparica, mas para uma outra Costa onde certamente irei encontar as mesmas cenas, cadeiras, chapeus de sol, bolas de berlim, crianças a gritar, homens gordos a dormir e areia eventualmente suja. Porém nesse espaço encontro o meu amigo mar como o comprenedo apesar dele me ralhar com as suas ondas ou noutros dias me acariciar com o seu geito sereno, nessas alturas eu que entre nós existe uma harmonia eu sinto que é bom ter um amigo fiel, nos dias em que ele se mostra mais revolto fico receoso, mas amigo não diz que sim todos os dias. Mas tem que ser tudo isto faz parte do contexto em que vivo, ainda não posso passar as férias numa montanha rodeado de ar mais ou menos puro porque o ozono anda no ar e ataca em qualquer lugar, o no lugar da montanha talvez passear numa cidade onde delicadamente todas as pessoas dizem bom dia umas às outras, mas essa cidade não existe, pois no sitio onde trabalho com uma duzia de pessoas isso não acontece como poderei desejar que numa cidade possa vir a acontecer.
1 Comments:
fechar os olhos e sentir a brisa de verão a ardern no rosto. cheirar o mar salgado, escutar os sorrisos leves das crianças...
abraço, boas férias
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