CAMPO

Eu vivo no campo da minha janela avisto uma serra, próximo de mim existe um terreno aonde a intervenção do homem é muito restrita, somente um pastor deixa lá o rebanho das suas ovelhas para pastorearem por ali, tenho com elas grandes conversas, é claro que elas não me entendem, respondem com grandes balidos quando eu lhes assobio, dirigindo-se todas na minha direcção, pensam que eu sou o seu zagal, enchem o ar com os sons dos chocalhos que trazem pendurados ao pescoço, em Agosto a terra estava seca e ressequida, o rebanho foi embora, agora que Setembro se foi, por influência da chuva o que era ocre transformou-se num lindo prado verde onde o pasto já está crescido, não deveria isto acontecer só na Primavera é nessa altura que normalmente a terra desperta do Inverno e se renova, mas como pode isto acontecer, não sei fico contente por poder desfrutar deste espectáculo, mas não irei revelar o sítio exacto por receio, que com a falta de imaginação do nosso primeiro, ao desvendar talvez uma coisa banal ele a converta num novo imposto a cobrar a todos nós, com a vaga de inovações a que nos tem habituado até com toda a certeza no nome já pensou ISV, ou seja imposto sobre a visão, porque já temos IRS, IRC, IMI, IMT, IS, IA, IC, ISPP e talvez outros que eu desconheço mas só falta mesmo este para compor o ramalhete, depois de estudar Fiscalidade talvez este escrito vá alterar, pois novos impostos poderei vir a encontrar.
Os seus seguidores iram dizer é contra poder não ajudar os governantes a conseguir de receitas para o orçamento geral do Estado, que se danem as rosas só me picam com os espinhos, quero mesmo é que ele enfie o Simplex e outros que tais no dito, ou na falta disso que se dedique às causas ambientais como a concentração de resíduos sólidos que se acumula na sua cabeça, que o impedem de fazer alguma coisa com jeito, mas a culpa não é só dele, não morre solteira, como em muitos casos que acontecem neste jardim à beira mar plantado, os responsáveis são quem o elegeu, respondei agora a esta questão, fizeram a escolha certo? Só os papalvos dirão que votaram com a razão, outros que só agora conhecem o vilão porque está com o bordão na mão, por mim nem mesmo louco votaria em tal parvalhão, gosto das rosas como flores, não desses senhores a quem dou pouco valor, enquanto governado for por este grande impostor.