segunda-feira, outubro 02, 2006

CANSADO

Cansado é o termo exacto para definir o estado em que me encontro, não que esteja em má forma fisicamente, mas sim porque ando farto da porcaria que me rodeia, já não tenho paciência para aturar um pavão que saracoteia a cauda e languidamente vai mostrando a besta que é, um imbecil a quem promoveram devido à fraca qualidade de quem manda, ou se do seu séquito de pavoas que ufanamente gravitam em torno dele esperando comer as migalhas que ele regurgita da sua pança, não tenho a chamada dor de chifre, com tal administração lugar de chefia não, cúmplice poderei ser daqueles que consigam separar o trigo do joio na altura da ceifa, pois antes disso a cultura seria destruída, prossigam valores mais elevados do que a sobrevivência mediana do dia a dia, só uma árvore com raízes profundas poderá sobreviver à precariedade do homem, porquê preocupar-me com o passageiro se o autocarro dura mais que ele, refiro-me aos eleitos locais que na região onde me encontro revelam vista curtas para o Município e largas para os seus bolsos segundo dizem as más línguas.
A sua administração é preenchida com actos vagos imprecisos incoerentes, sem visão de conjunto ou futuro, no curto e longo prazo, as obras que tem realizado são algumas, pergunto-me que valor acrescentado introduziram no PIB da região, qual a utilidade para os utentes, em que medida asseguram o retorno do investimento, algo muito simples de avaliar para quem tem formação na área da Economia, como é o caso, ou a passagem pela faculdade apenas lhe conferiu um título, sem qualquer significado prático, ou talvez o aluno não faça jus aos mestres, não sei, mas o que é que se observa? Uma desgastada gestão, que aposta em abrir buracos não resolvendo de vez aquilo que deve ser resolvido, distribuição de água, separação de efluentes, restantes infra-estruturas enterradas, ou seja fazer pouco mas de forma definitiva, chama-se a isto planeamento estratégico, planear agora para não pagar mais depois, mas com esta política como ficariam os amigos, mal porque só facturavam uma vez, sendo neste caso os favores em troca parcos, por a fonte de rendimento apenas deitar a água na exacta medida do necessário, logo não existia desperdício de fundos que são de todos nós, uma prenda pelo Natal tudo bem, mas outras confusões, isso é que não, senhor mandão.