GRILOS
Ontem durante uma deslocação nocturna, fui ao largo da Igreja, parei o carro e o hábito de fumar fez-me sair dele, no silêncio que a praça vazia mostrava, oiço um certo barulho, um grilo a grilar, pensei que deveria estar a sonhar, como já iam longe os tempos em que os caçava para os colocar numa gaiola e ouvi-los cantar, dirigi-me para o local de onde o som provinha estava parado num canto um grande grilo que cantava bem alto, um pouco afastado dele um outro que se mantinha silencioso, o som que me encantava em criança incomodava-me agora pela sua simetria, se é que se pode dizer que um som é simétrico, pensei vou apanha-lo e pura e simplesmente cala-se de vez, mas nesse preciso momento pensei mas que mal é que ele te está a fazer, apenas canta se te chegares junto dele para e como tem medo de ti foge para outro lugar, decidi-me por esta hipótese, e o grilo calou-se fugiu de mim, ao outro fiz exactamente a mesma coisa também fugiu, não sei se seria um macho e uma fêmea, porque nesta coisa de grilos não identifico claramente o sexo de cada um, tal como nos peixes, pergunto a pescada é fêmea ou macho, a grila é a fêmea do grilo, sei que em português existe uma designação para estes substantivos, mas não me lembro.
Para ocupar o resto do tempo que me faltava para acabar o meu cigarro resolvi começar a medir a largura da escada da Igreja a passo fiz isso uma série de vezes mas não me recordo da sua medida, porque de cada vez que estava próximo de chegar a um dos extremos as luzes dos carros mostravam-me que o bom senso me deveria fazer para com a inocente brincadeira sob pena de no outro dia a aldeia ter mais um motivo de conversa, já estou a imaginar no café o centro de informação, sabes fulano estava ontem no largo da Igreja a medir as escadas a passo, vinha outra, dizia não só estava a medir como também a fumar, a outra, não para além disso segurava uma bola na ponta do nariz, estás parva responde uma outra que não tinha visto rigorosamente nada fulana disse-me que não era nada disso ele estava com uma grande bebedeira parou o carro e como queria verter águas, foi para as escadas pensando que eram os balneários públicos, que por acaso até estão fechados, estava mesmo a molhar as escadas eu vi a mancha, moral da história os grilos e o medir é a realidade, o resto segue a máxima, quem conta um conto acrescenta um ponto.
Para ocupar o resto do tempo que me faltava para acabar o meu cigarro resolvi começar a medir a largura da escada da Igreja a passo fiz isso uma série de vezes mas não me recordo da sua medida, porque de cada vez que estava próximo de chegar a um dos extremos as luzes dos carros mostravam-me que o bom senso me deveria fazer para com a inocente brincadeira sob pena de no outro dia a aldeia ter mais um motivo de conversa, já estou a imaginar no café o centro de informação, sabes fulano estava ontem no largo da Igreja a medir as escadas a passo, vinha outra, dizia não só estava a medir como também a fumar, a outra, não para além disso segurava uma bola na ponta do nariz, estás parva responde uma outra que não tinha visto rigorosamente nada fulana disse-me que não era nada disso ele estava com uma grande bebedeira parou o carro e como queria verter águas, foi para as escadas pensando que eram os balneários públicos, que por acaso até estão fechados, estava mesmo a molhar as escadas eu vi a mancha, moral da história os grilos e o medir é a realidade, o resto segue a máxima, quem conta um conto acrescenta um ponto.
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