Olhar
Palavras soltas que o vento junta, pensava ele sentado na sua secretária, como ia longe o tempo em que carregado de esperança, acreditava que tudo podia aprender, hoje maduro pelos anos continua a pensar que ainda lha falta aprender muito e que o caminho não tem fim.
A sua ilha vai ficando povoada de muitas e variadas cores, porém a solidão atormenta-lhe o coração como pode o vazio ser tão cruel, olha para o lado apesar de acompanhado nada mais vê que a agrura de estar sozinho, a tristeza invade a sua alma tornando cinzentos os pensamentos que vai remoendo para si.
A vida passa como um filme, os tempos bons os menos bons e aqueles que só merecem ser esquecidos, como apagar aquilo que nos marcou, não existe solução, a nossa memória tudo grava e mesmo quando tudo parece apagado, volta tudo fresco como se estivesse a decorrer no momento.
Perante os olhos passam as pessoas, os lugares com os seus cheiros, as situações, e tudo com uma cor que turva o olhar, aquela lágrima que julgara perdida, teima em rolar no canto do olho, lançando água pela sua face já cravada com as crateras que a idade foi cavando, dando-lhe o aspecto sereno da terra pronta a receber a semente.
É desperto pelo som de uma buzina, quem é não sabe, nem tão-pouco a curiosidade o faz voltar a cabeça, que lhe importa quem é? Se for para ele por certo que o virá chamar, o cigarro companheiro da sua ausência, enche a sala de fumo, que péssimo vicio mas só tem este, pois não bebe com carácter regular.
Contra tudo o que nesta altura se diz, quanto ao hábito de fumar, ele lá vai queimando o seu cigarro, tem prazer em sentir o fumo do seu cigarro, no entanto os lugares em que exista muito fumo ele não gosta de os frequentar, por isso não é presença regular em discotecas ou outros lugares de diversão nocturna.
De repente o espaço torna-se apertado apesar da sua dimensão, que coisa estranha como é possível sentir-se apertado num sítio que lhe é familiar e amigo, que sensação é esta? Como pode estar com a impressão de que tudo lhe é hostil, carrega no seu ser todas as vezes em que não soube dizer o que lhe ia na alma, tal tem sido a pressão.
Agora a sua alma procura o consolo na escrita, ao escrever vai libertando aquilo que de outra forma não diz, pois cada vez mais cala quando o agridem ou mesmo o magoam, perder tempo com quem não o merece, é melhor continuar na sua ilha, nela encontra paz, vê o tempo fluir sem obstáculos, assim pode ter momentos felizes.
Pensa em fugir, mas a fuga não lhe resolve os problemas, apenas faz aumentar a distância a que está deles, mas mesmo assim sente mais a sua amplitude, e a sua incapacidade para os resolver, mas nem tudo é negro na ausência, mostra muitas vezes aquilo que falta e realça o que de bem se fruiu, sim pois de nosso não temos nada.
A indecisão quanto à sua pessoa sempre foi algo que o atormentou, não se consegue identificar de uma forma regular com grupos, passado algum tempo as duvidas começam a surgir e o frio começa a surgir na sua interacção com os restantes membros, não os pode culpar por esse facto, faz parte da sua natureza estar sempre a mudar.
Mudar que sensação tão boa, mas que corda bamba em que a vida se transforma, sempre programados para ser regulares, trabalhadores e ordeiros o que seria se de repente, o que está estabelecido fosse alterado completamente, diverte-o a ideia de ver as casa com os telhados assentes no chão e os alicerces no ar, que cidades tão bonitas.
As novas teorias apontam para pessoas cada vez mais infelizes, porque será? A indefinição dos tempos a isso ajuda, o que será o futuro, quando cada vez que se pensa nele, somos conduzidos para outros assuntos mais leves, existe o futebol, qual panaceia que foi inventada para nos afastar da realidade, pois enquanto as estrelas ganham, nós morremos de fome.
De repente tudo faz sentido descobriu o que já estava descoberto, depressão pós traumática, que agora está muito na moda para quem não quer trabalhar, que forma invulgar de pensar em tudo o que não consegue resolver, apenas tem que atribuir a culpa a essa malvada depressão que não lhe dá possibilidade de sorrir.
A sua ilha vai ficando povoada de muitas e variadas cores, porém a solidão atormenta-lhe o coração como pode o vazio ser tão cruel, olha para o lado apesar de acompanhado nada mais vê que a agrura de estar sozinho, a tristeza invade a sua alma tornando cinzentos os pensamentos que vai remoendo para si.
A vida passa como um filme, os tempos bons os menos bons e aqueles que só merecem ser esquecidos, como apagar aquilo que nos marcou, não existe solução, a nossa memória tudo grava e mesmo quando tudo parece apagado, volta tudo fresco como se estivesse a decorrer no momento.
Perante os olhos passam as pessoas, os lugares com os seus cheiros, as situações, e tudo com uma cor que turva o olhar, aquela lágrima que julgara perdida, teima em rolar no canto do olho, lançando água pela sua face já cravada com as crateras que a idade foi cavando, dando-lhe o aspecto sereno da terra pronta a receber a semente.
É desperto pelo som de uma buzina, quem é não sabe, nem tão-pouco a curiosidade o faz voltar a cabeça, que lhe importa quem é? Se for para ele por certo que o virá chamar, o cigarro companheiro da sua ausência, enche a sala de fumo, que péssimo vicio mas só tem este, pois não bebe com carácter regular.
Contra tudo o que nesta altura se diz, quanto ao hábito de fumar, ele lá vai queimando o seu cigarro, tem prazer em sentir o fumo do seu cigarro, no entanto os lugares em que exista muito fumo ele não gosta de os frequentar, por isso não é presença regular em discotecas ou outros lugares de diversão nocturna.
De repente o espaço torna-se apertado apesar da sua dimensão, que coisa estranha como é possível sentir-se apertado num sítio que lhe é familiar e amigo, que sensação é esta? Como pode estar com a impressão de que tudo lhe é hostil, carrega no seu ser todas as vezes em que não soube dizer o que lhe ia na alma, tal tem sido a pressão.
Agora a sua alma procura o consolo na escrita, ao escrever vai libertando aquilo que de outra forma não diz, pois cada vez mais cala quando o agridem ou mesmo o magoam, perder tempo com quem não o merece, é melhor continuar na sua ilha, nela encontra paz, vê o tempo fluir sem obstáculos, assim pode ter momentos felizes.
Pensa em fugir, mas a fuga não lhe resolve os problemas, apenas faz aumentar a distância a que está deles, mas mesmo assim sente mais a sua amplitude, e a sua incapacidade para os resolver, mas nem tudo é negro na ausência, mostra muitas vezes aquilo que falta e realça o que de bem se fruiu, sim pois de nosso não temos nada.
A indecisão quanto à sua pessoa sempre foi algo que o atormentou, não se consegue identificar de uma forma regular com grupos, passado algum tempo as duvidas começam a surgir e o frio começa a surgir na sua interacção com os restantes membros, não os pode culpar por esse facto, faz parte da sua natureza estar sempre a mudar.
Mudar que sensação tão boa, mas que corda bamba em que a vida se transforma, sempre programados para ser regulares, trabalhadores e ordeiros o que seria se de repente, o que está estabelecido fosse alterado completamente, diverte-o a ideia de ver as casa com os telhados assentes no chão e os alicerces no ar, que cidades tão bonitas.
As novas teorias apontam para pessoas cada vez mais infelizes, porque será? A indefinição dos tempos a isso ajuda, o que será o futuro, quando cada vez que se pensa nele, somos conduzidos para outros assuntos mais leves, existe o futebol, qual panaceia que foi inventada para nos afastar da realidade, pois enquanto as estrelas ganham, nós morremos de fome.
De repente tudo faz sentido descobriu o que já estava descoberto, depressão pós traumática, que agora está muito na moda para quem não quer trabalhar, que forma invulgar de pensar em tudo o que não consegue resolver, apenas tem que atribuir a culpa a essa malvada depressão que não lhe dá possibilidade de sorrir.
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